domingo, março 09, 2014

EU CONTRA A MORTALIDADE


Meu sogro faleceu há 1 ano e meio.

De vez em quando eu choro quando penso nos meus pais. Moramos distante, os vejo pouco. Queria vê-los mais. Não sei, a vida é assim, a vida com emprego, responsabilidades. Há a separação. Penso muito neles, toda a hora. Queria morar do lado. 1, 2 dias, fim de semana junto deles é pouco. Queria viajar com eles. Quero fazer isso esse ano. O tempo tá passando. Queria vê-los bem mais. Momentos assim.



A cada ano pessoas próximas se vão. Conhecidos, amigos, parentes de amigos, pais, mães deles. Fica a saudade. Eu tenho saudade dos meus avós. Muita. Da minha vó servindo bolinho. Lembro do sabor. Do meu avô sentado na cadeira. Lembro da cor da cadeira. Do meu avô distante fumando palha. Lembro do cheiro da palha. Desse tempo. Algumas vezes choro até minhas lentes de contato saírem do lugar. Fraqueza. Aí então elas voltam pro lugar, pra me lembrar pra de forte outra vez. Tenho que ser.

4 comentários:

Unknown disse...

Entendo. Também sinto muita saudade da presença dos meus pais e de tantas outras pessoas, parentes e amigos, que já passaram pela minha vida. Te amo! bjsss

Gus Rezende disse...

Tamo junto, darling.

disse...

Certa feita, um rei que vivia isolado em seu trono mandou chamar o seu ministro-conselheiro e lhe narrou os seus sentimentos, tanto os da falta de um tempo para poder aproveitar em caçadas pelo reino, quanto ao tempo para estar junto dos seus, principalmente um casal de idosos, que o criara, e, cuja senhora, hoje velhinha, ele muita amava e que tinha sido sua ama-de-leite, a qual ele nunca mais vira, por estar longe do seu convívio. O ministro, então, não sem antes elogiar o sentimento de amor do rei pela família, coisa em extinção hoje em dia, convidou o rei para apenas sair de seus aposentos e ir com ele até à enorme varanda palaciana. Ali puseram a observar a natureza. Viam muitos passarinhos, quase sempre casais, vez ou outra um sozinho. Viam pássaros voando nas altas nuvens, quase sempre formando pares de dois. Passaram, depois, a observar outros animais, e até insetos, e viam a mesma condição que ocorre com os pássaros, a formação de casais e o afastamento dos entes queridos. Mas, observaram uma coisa interessante. Sempre que havia uma motivação vários animais, da mesma espécie, se reuniam. Foi quando o ministro então falou: majestade, por que não oferecer de tempos em tempos uma grande festa em seu castelo quando então serão convidados parentes e também pessoas de bem? Ao que o rei concordou e ficou feliz com a ideia. Ele então, não perdeu tempo, mandou espalhar convites por todo lado, convidando todos os parentes e algumas pessoas de bem. Como o rei ficou feliz por ver a todos, em especial o casal de idosos que dele cuidara quando pequeno, quis repetir no mês seguinte igual festança. Ocorre que as festas ficaram tão amiúde que já não restava tempo para mais nada. Não se trabalhava na administração do reino, senão para festas com os convidados. E o reino começou a decair. Foi quando o ministro da economia se reuniu com o rei e fez o relato da situação econômica do reino. Disse ao rei que se avizinhavam tempos de fome, caso cuidassem tanto do convívio e muito pouco de afazeres, como plantações, que aumentam a economia e os víveres do reino. O rei então ordenou que não se fizesse mais um grande festa a cada semana. Entretanto, o monarca voltou a viver tristemente e quase sempre o ministro conselheiro o pegava com os olhos cheios de lágrimas. Foi então que ministro conselheiro resolveu levar o caso ao ministro da economia. Este, então, propôs: temos alguns dobrões em caixa. Chamarei o nosso ministro da área tecnológica e proporei a invenção de um aparelho que possa o rei conversar com os seus queridos familiares, sempre que quiser. Foi feito. Inventaram então o telefone, que coube a um de seus súditos, o Alexander Graham Bell. O rei então passou a falar com seus parentes duas, três, e até mais vezes por dia. Sempre que queria ligava apenas pra jogar conversa fora. Ligava a qualquer hora, e, na maioria das vezes nem sabia o que dizer, mas dizia olá, e logo desligava! Assim ele sentiu que a distância é apenas um detalhe, que todos nós estamos neste mundo juntos e misturados, não havendo porque se sentir um longe do outro, pois quando se quer um conselho, uma forma de carinho, ela está sempre na distância de dois passos para se chegar a um telefone. E assim o dito não ficou pelo não dito, mas o dito ficou pelo dito mesmo! Huahuahua...
Essa também é do SÊ DE REZENDE

Gus Rezende disse...

Isso ai, tamo junto!